//
📕
Comunicação Não-Violenta
Search
Try Notion
📕📕
Comunicação Não-Violenta
Status
Lido
Autor
Marshall Rosenberg
Nota
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Tipo
Não-ficção
Início da leitura
July 5, 2020
Fim da leitura
July 12, 2020
Tempo de leitura (dias)
7
Anotações (Posição no Kindle)
856-861- Respondi: “Está me parecendo que você está se sentindo solitária e querendo mais contato emocional com seu marido”. Quando ela concordou, tentei mostrar que era improvável que afirmações como “Sinto que estou vivendo com uma parede” despertassem a atenção do marido para seus sentimentos e desejos. Na verdade, era mais provável que fossem ouvidas como críticas do que como convite para se conectar com os sentimentos da esposa. Ademais, esse tipo de afirmação frequentemente leva a profecias que acabam por acarretar sua própria concretização. Por exemplo, um marido ouve críticas por se comportar como uma parede; ele fica magoado, é desencorajado e não responde, confirmando assim a imagem de parede que a esposa tem dele.
892-894 - “Eu estou me sentindo nervoso”, admiti, “mas não porque vocês sejam negros. Meus sentimentos têm a ver com não conhecer ninguém aqui e desejar ter sido aceito quando entrei nesta sala”. Essa expressão de minha vulnerabilidade teve um efeito acentuado nos alunos.
1157-1157- Julgamentos dos outros são expressões alienadas de nossas próprias necessidades.
1162-1164 - Quando expressamos nossas necessidades indiretamente, através do uso de avaliações, interpretações e imagens, é provável que os outros escutem nisso uma crítica. E, quando as pessoas ouvem qualquer coisa que soe como crítica, elas tendem a investir sua energia na autodefesa ou no contra-ataque. É melhor expressar diretamente.
1178-1179- Para chegar em uma resolução, perguntar: “Do que vocês estão precisando e o que vocês gostariam de pedir uns aos outros em relação a essas necessidades?”.
1185-1186 – Caso do Palestino: “Preciso de mais respeito em nosso diálogo. Em vez de nos dizer como o senhor acha que estamos agindo, o senhor poderia nos dizer o que o pertuba no que estamos fazendo?”
1189-1189 - Necessidades humanas básicas que todos compartilhamos: Autonomia – Escolher seus próprios sonhos. Objetivos e valores. Celebração – Celebrar a vida e os sonhos realizados. Elaborar as perdas e o luto. Integridade – Autenticidade. Autovalorização. Criatividade. Significado. Interdependência – Aceitação. Amor. Apoio. Apreciação. Calor humano. Compreensão. Comunhão. Consideração. Confiança. Contribuição para o enriquecimento da vida. Empatia. Encorajamento. Honestidade. Proximidade. Respeito. Segurança emocional. Lazer – Diversão. Riso. Comunhão Espiritual – Beleza. Harmonia. Inspiração. Ordem. Paz Necessidades físicas – Abrigo. Água. Alimento. Ar. Descanso. Expressão Sexual. Movimento e exercício. Proteção contra formas de vidas ameaçadoras (vírus e bactérias). Toque.
1233-1235 - “Acabei de tomar consciência de que tive raiva de seu pai durante 36 anos por ele não atender às minhas necessidades, mas agora percebo que não disse a ele nenhuma vez com clareza do que necessitava”.
1255-1256 - Libertação emocional - Primeiro estágio — escravidão emocional: vemos a nós mesmos como responsáveis pelos sentimentos dos outros.
1274-1274 - Segundo estágio — “ranzinza”: sentimos raiva; não queremos mais ser responsáveis pelos sentimentos dos outros.
1302-1302 - Terceiro estágio — libertação emocional: assumimos a responsabilidade por nossas intenções e ações.
1483-1483 - Como revelar o que queremos: Formular pedidos em linguagem clara, positiva e de ações concretas.
1498-1502 - Por exemplo, um patrão faz um esforço sincero para obter um retorno, dizendo aos empregados: “Quero que vocês se sintam livres para se expressarem em minha presença”. Essa afirmação comunica o desejo do patrão de que os empregados se “sintam livres”, mas não o que eles poderiam fazer para se sentirem dessa forma. Em vez disso, o patrão poderia utilizar a linguagem de ações positivas para fazer sua solicitação: “Gostaria que vocês me dissessem o que posso fazer para facilitar a vocês que se sintam mais livres para se expressarem em minha presença?”.
1527-1529 - Sim, pode ser difícil formular solicitações claras. Mas pense em quanto será difícil para os outros responder à nossa solicitação se nós mesmos não temos clareza quanto ao que queremos. Muitas vezes, meus clientes puderam ver como a falta de consciência sobre o que desejavam dos outros havia contribuído significativamente para suas frustrações e depressão.
1563-1564 -Solicitações não acompanhadas dos sentimentos e necessidades do solicitante podem soar como exigências.
1597-1598 - “Muito obrigada por me dizer o que você escutou, mas vejo que não consegui ser tão clara quanto gostaria. Então, deixe-me tentar de novo”.
1609-1611 -Depois de nos expressarmos de forma vulnerável, é comum que queiramos saber: a) o que o ouvinte está sentindo; b) o que o ouvinte está pensando; ou c) se o ouvinte está disposto a tomar determinada atitude. Por exemplo: “Gostaria que você me dissesse se prevê que minha proposta terá sucesso e, caso contrário, o que você acha que pode impedir seu sucesso”, em vez de simplesmente “Gostaria que você me dissesse o que acha do que acabei de dizer”.
1643-1644 - Num grupo, perde-se muito tempo quando as pessoas não estão certas de que tipo de resposta desejam em retorno a suas palavras.
1651-1652 - “Estou confuso sobre como você deseja que respondamos a sua história. Você estaria disposto a dizer qual resposta deseja de nós?”
1659-1659 - Quando outra pessoa ouve de nós uma exigência, ela vê duas opções: submeter-se ou rebelar-se.
1663-1664 - Como saber se é uma exigência ou um pedido: observe o que quem pediu fará se a solicitação não for atendida. É uma exigência se quem fez a solicitação critica ou julga a outra pessoa em seguida. Também é uma exigência se quem fez a solicitação tenta fazer a outra pessoa sentir-se culpada.
1703-1704 - Nosso objetivo é um relacionamento baseado na sinceridade e na empatia. É um pedido se a pessoa que pediu oferece em seguida sua empatia para com as necessidades da outra pessoa.
1893-1893 – Definição de empatia: A empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo.
1892-1892 - Empatia: esvaziar a mente e ouvir com todo o nosso ser.
1897-1898 - Ao nos relacionarmos com os outros, a empatia ocorre somente quando conseguimos nos livrar de todas as idéias preconcebidas e julgamentos a respeito deles.
1899-1901 - “Apesar de todas as semelhanças, cada situação da vida tem, tal como uma criança recém-nascida, um novo rosto, que nunca foi visto antes e nunca será visto novamente. Ela exige de você uma reação que não pode ser preparada de antemão. Ela não requer nada do que já passou; ela requer presença, responsabilidade; ela requer você”.
1911-1913 - “Você é a criaturinha mais linda que Deus jamais pôs na face da Terra”, declarei. Ela me lançou um olhar de exasperação, exclamou “Oh, papai!” e bateu a porta ao sair do quarto. Mais tarde descobri que ela estava querendo alguma empatia. Em vez de meu encorajamento na hora errada, eu poderia ter perguntado: “Você está se sentindo decepcionada com sua aparência hoje?”
1915-1922 – Obstáculos da empatia: Aconselhar: “Acho que você deveria…”, “Por que é que você não fez assim?”. Competir pelo sofrimento: “Isso não é nada; espere até ouvir o que aconteceu comigo”. Educar: “Isso pode acabar sendo uma experiência muito positiva para você, se você apenas…”. Consolar: “Não foi sua culpa, você fez o melhor que pôde”. Contar uma história: “Isso me lembra uma ocasião…” Encerrar o assunto: “Anime-se. Não se sinta tão mal”. Solidarizar-se: “Oh, coitadinho…” Interrogar: “Quando foi que isso começou?” Explicar-se: “Eu teria telefonado, mas…” Corrigir: “Não foi assim que aconteceu”.
1926-1926 -A compreensão intelectual bloqueia a empatia.
1938-1939 - É útil ter consciência de que no momento em que estamos oferecendo nossa solidariedade, não estamos oferecendo nossa empatia.
1940-1941 - Não importa o que os outros digam, apenas ouvimos o que eles estão (a) observando, (b) sentindo, (c) necessitando e (d) pedindo.
1962-1963 -Pegue sua pista a partir do conteúdo da mensagem do marido: “De que adianta conversar com você? Você nunca escuta”. Do que é que ele está precisando e não está conseguindo quando diz isso? - “Você está infeliz porque sente necessidade de…” MULHER (tentando de novo) Você está infeliz porque sente necessidade de ser escutado?
1987-1990 -O que os outros estão observando: “Você está reagindo à quantidade de noites em que estive fora na semana passada?” Como os outros estão se sentindo e quais as necessidades que estão gerando esses sentimentos: “Você está magoado porque gostaria de receber mais reconhecimento por seus esforços do que obteve?” O que os outros estão pedindo: “Você está querendo que eu exponha meus motivos para ter dito o que disse?”
1993-1995 – Os 4 passos: “Você está se referindo a qual atitude minha?” “Como você está se sentindo?” “Por que você está se sentindo assim?” “O que você quer que eu faça?”
1999-2000 - Cuidado com como se comunicar na CNV: Muitas delas podem dar às pessoas a impressão de que somos um professor inquirindo-os ou um psicólogo em terapia. Existem mensagens que são negativamente afetadas por um tom declarativo, que implique que estamos lhes dizendo o que está acontecendo dentro delas.
2042-2043 - Por trás de mensagens intimidadoras, estão simplesmente pessoas pedindo para satisfazermos suas necessidades.
2052-2054 - Começamos a sentir essa harmonia quando mensagens que anteriormente recebíamos como críticas ou culpa começam a ser vistas como os presentes que são: oportunidades de ajudar as pessoas que estão sofrendo.
2060-2060 - Parafrasear poupa tempo. Estudos de negociações trabalhistas demonstram que o tempo necessário para atingir a solução do conflito é reduzido à metade quando cada negociador concorda, antes de responder, em repetir precisamente o que o interlocutor anterior disse.
2105-2105 - Sabemos que a pessoa que fala recebeu empatia quando: (a) há um alívio de tensão ou (b) o fluxo de suas palavras chega ao fim.
2142-2144 - Quando percebemos que estamos sendo defensivos ou incapazes de oferecer empatia, precisamos (a) parar, respirar, sentir empatia por nós mesmos, ou (b) gritar de modo não-violento ou (c) dar-nos um tempo. Precisamos de empatia para podermos dar empatia.
2213-2214 - Bem, agora estou curiosa quanto ao que você pode estar sentindo e imagino se você poderia me contar.
2326-2327 - Em situações de sofrimento, recomendo primeiro obter a empatia necessária para ir além dos pensamentos que ocupam nossas cabeças, de modo que nossas necessidades mais profundas sejam reconhecidas. Exemplo: “Ei, olhem, ele está magoado. Coitadinho!” — e o riso que se seguiu, senti que ele e os amigos estavam contrariados e não queriam se submeter a manipulações e culpa.
2390-2391 - Ofereça sua empatia, em vez de falar ‘mas…’ para uma pessoa com raiva.Pode ser difícil ter empatia com aqueles que estão mais próximos de nós.
2447-2448 - Como trazer uma conversa de volta à vida? Interrompendo-a com empatia. O que entedia quem ouve também entedia quem fala.
2569-2572 - Essas pessoas foram ensinadas a julgar a si mesmas de um modo que implica que o que elas fizeram foi errado ou ruim; sua auto-recriminação implícita pressupõe que elas merecem sofrer pelo que fizeram. É trágico que tantos de nós fiquemos enredados no ódio por nós mesmos, em vez de nos beneficiarmos dos erros, que mostram nossas limitações e nos guiam em direção ao crescimento. Eu gostaria que a mudança fosse estimulada por um claro desejo de melhorar nossa vida e a dos outros, em vez de por energias destrutivas como a vergonha ou a culpa.
2580-2580 - Evite dizer “Eu deveria”! Pense por um momento em todas as pessoas que você já ouviu dizerem: “Eu realmente tenho de parar de fumar”. Ou: “Eu realmente tenho que fazer alguma coisa para me exercitar mais”. Elas vivem dizendo o que “devem” fazer e vivem resistindo a fazê-lo, porque seres humanos não foram feitos para ser escravos. Nós não fomos feitos para sucumbir às ordens do “dever” e do “tenho de”, venham elas de fora ou de dentro de nós mesmos. E, se viermos a ceder e nos submeter a essas ordens, nossas ações se originarão de uma energia destituída da alegria de viver.
2593-2594 - Julgamentos de si mesmo, assim como todos os julgamentos, são expressões trágicas de nossas necessidades insatisfeitas. (“Veja só, estraguei tudo de novo!”), podemos parar rapidamente e nos questionar: “Que necessidade minha não foi atendida e está sendo expressa por meio desse julgamento moral?”. “Quando me comportei da maneira da qual agora me arrependo, qual de minhas necessidades eu buscava atender?” Acredito que os seres humanos estão sempre a serviço de necessidades e valores.
2663-2664 - Queremos agir motivados pelo desejo de contribuir para a vida, e não por medo, culpa, vergonha ou obrigação.
2699 - A cada escolha que você fizer, esteja consciente de que necessidade você procurava atender. Esteja consciente das ações motivadas pelo desejo por dinheiro ou pela aprovação dos outros, ou pelo medo, vergonha ou culpa. Saiba o preço que você paga por elas. Assim, não é o comportamento das outras pessoas, e sim nossas próprias necessidades que causam nossos sentimentos. A raiva pode ser valiosa se a utilizarmos como um despertador para nos acordar — para percebermos que temos uma necessidade que não está sendo atendida,
2888-2889 – Consequentemente: A violência vem da crença de que as outras pessoas nos causam sofrimento e, portanto, merecem ser punidas.
2925-2928 - Passos para expressar a raiva: 1. Parar. Respirar; 2. Identificar nossos pensamentos que estão julgando as pessoas; 3. Conectar-nos a nossas necessidades; 4. Expressar nossos sentimentos e necessidades não-atendidas.
3019-3024 - Como já vimos, nossa raiva vem de julgamentos, rótulos e acusações a respeito do que as pessoas “deveriam” fazer e do que elas “merecem”. Liste os julgamentos que flutuam com mais freqüência em sua cabeça, usando como ponto de partida a frase: “Não gosto de pessoas que são…” Reúna todos esses julgamentos negativos de sua cabeça e então pergunte a si mesmo: “Quando faço essa idéia a respeito de alguém, do que estou precisando e não estou obtendo?” Dessa maneira, você estará treinando estruturar o pensamento em termos de necessidades não-atendidas, e não de julgamentos de outras pessoas.
3217-3219 - Se o desempenho de um trabalhador é guiado pelo medo da punição, o serviço é feito, mas o moral é afetado; mais cedo ou mais tarde, a produtividade diminuirá. A auto-estima também diminui quando a força punitiva é utilizada. Se as crianças escovam os dentes porque sentem vergonha e medo do ridículo, sua saúde bucal pode melhorar, mas seu respeito por si mesmas ganhará cáries
3238-3240 – Reflexão sobre pedidos: Pergunta 1: O que eu quero que essa pessoa faça? Pergunta 2: Que motivos desejo que essa pessoa tenha para fazê-lo?
3388-3389 – Resumo dos passos da CNV: “Quando acontece (a), sinto-me (b), porque preciso de (c). Portanto, agora eu gostaria de (d)”.
3607-3607 - Expresse apreciação como forma de celebrar, e não de manipular. Expresse as ações que contribuíram para nosso bem-estar; as necessidades específicas que foram atendidas; os sentimentos agradáveis gerados pelo atendimento dessas necessidades. Em resumo: Agradecer na CNV é falar “Isso é o que você fez; isso é o que sinto; essa é minha necessidade que foi atendida”.
3659-3660 - Receba apreciação sem se sentir superior e sem falsa modéstia. Se tenho consciência de que é esse poder de Deus operando através de mim que me dá o poder de enriquecer a vida dos outros, então posso evitar tanto a armadilha do ego quanto a falsa humildade.
3672-3672 - “Não seja tão humilde, você não é tão grande”.
3698-3699 - Tendemos a registrar o que está dando errado, não o que está dando certo.
3729-3730 - “tudo o que vale a pena fazer também vale a pena ser feito de forma limitada!”.